domingo, maio 19, 2013

Quando for grande quero ser sábia como ela.

Este blog surgiu da necessidade de registar coisas que um dia poderia não me lembrar.
O que escrevo hoje é mesmo para lembrar todos os dias.
Na semana passada li uma entrevista a Helena Sacadura Cabral, a quem admiro por diversos motivos. Desde a semana passada que não me sai da cabeça o que ela disse acerca dos filhos e da forma como vivemos as relações.
Foi mais ou menos isto o que li: não podemos mudar as pessoas que são os nossos filhos, podemos apenas educá-los para serem pessoas de bem.
Dá tanto que pensar.
Tudo o que queremos enquanto pais é que os nossos filhos tenham bom caráter, sejam íntegros e honestos, é por isto que nos esforçamos ao máximo, cá em casa, pelo menos é assim. Mas então e quando têm um feitio difícil, quando são cabeças no ar, quando são desinteressados pela escola (já vi casos assim), ou pior, quando se prejudicam a eles próprios de forma inconsciente?
Tenho a certeza de que a Helena Sacadura Cabral tem toda a razão, mas isto é difícil, até porque desejamos, às vezes sem nos apercebermos, que os nossos rebentos sejam os melhores em tudo.
Num dia de parentalidade difícil, como o de ontem, a frase martelou e martelou a minha cabeça, e eu desejei apenas um bocadinho da sabedoria desta Senhora para conseguir ter filhos Felizes e intrinsecamente Boas pessoas, com bons valores para a vida.

sábado, maio 18, 2013

Os caprichos de uma gastro

O mais pequeno está com uma gastro. 
Hoje, depois de não ter jantado ontem, acordou com sede e quis água. Prontamente lha demos, mas não demorou muito para a água sair mais depressa do que entrou.
Logo hoje que tínhamos de estar cedo no hospital para fazer mais uma ecografia!
Resolvemos que o melhor seria não ir à pré e vir connosco. Assim poupava-nos a preocupação de, a meio da manhã, nos ligarem a dizer que o melhor era irmos buscá-lo.
Lá fomos, depois de deixarmos o mais velho na escola.
Pensou logo que fosse passear e, aproveitando a preocupação dos pais em relação à sua disposição, começou por dizer, muito assertivamente: 
- "Hoje sou eu que mando porque não fui à escola.".
Mais tarde, quase fez birra porque não fomos almoçar ao sítio onde decidiu que queria almoçar.
A esta altura já tínhamos percebido que a gastro ou virose estava a passar. 
Ao fim do dia, depois de termos feito uma visita ao pediatra e de termos percebido que estava, efetivamente melhor, demos os 4 uma volta num Centro Comercial próximo. Comemos um jantar leve, sempre com preocupações de que estivesse bem disposto.
Às tantas diz: "Acho que quero vomitar."
Pai e Mãe, ainda que desconfiando da descontração num momento destes, reagem: "Então vamos a uma casa de banho." 
Resposta: "Mas eu quero é vomitar em casa!!!"

Vale-me o estado de graça, que me permitiu dar uma valente gargalhada. Esta gastro já deu o que tinha a dar.

domingo, maio 05, 2013

Vem aí outra Bomboquinha!!!

Como é que se anunciam estas coisas?

Sim, de verdade, vem aí outra Bomboquinha. Nós por cá estamos felizes.
Depois de alguns sustos pelo caminho, espero que às 20 semanas de gravidez, a própria esteja a caminhar em velocidade cruzeiro e sem mais sobressaltos.
As reações foram do mais diverso que pudemos ter.
Alguns parece que ficaram em estado de choque. Devem ter pensado: "Estão loucos! Não lhes chegavam já os dois que têm?". Outros ficaram tão contentes que choraram de alegria.
Cá por casa, entre os mais pequenos, também houve divergência, desde o "Uhh, um bebé!! Vai fazer muito barulho e porcaria" até ao "podíamos ter uma mana, era giro.", mas a verdade é que estão contentes e preocupados com o bem estar do novo bebé.
Ter mais um filho sempre fez parte dos nossos planos de família. Para mim, sendo filha única (o que aliás detesto) e neta única (gosto mais desta parte), ter mais do que um sempre foi prioridade, ter três é enriquecer a nossa família e garantir que, um dia mais tarde, quando nós já cá não estivermos se vão apoiar uns aos outros, juntamente com as suas famílias, e não se sentire isolados.

 Talvez seja idílico, mas o objetivo de constituir uma família não será mesmo este?



segunda-feira, abril 01, 2013

Sem rodinhas

A véspera da Páscoa trouxe finalmente um dia solarengo, mesmo bom para uns passeios ao ar-livre, pelos quais ansiávamos há tanto tempo.
Enquanto a mãe e a avó N. faziam coisas de mulheres, os meninos e o pai treinaram a perícia em cima das bicicletas.
O momento ficou registado para a posteridade. Do alto dos seus 7 anos, o Francisco conseguiu a proeza de andar só com duas rodas. Foi só preciso um bocadinho de coragem.

 
 

sexta-feira, março 22, 2013

10 anos de viagem

Há 10 anos que embarquei numa viagem da qual ainda não me arrependi nem um segundo.

Lembro-me de estar ansiosa, de rezar para que tudo desse certo e de pensar que agora é mesmo a sério, é para toda a vida.

Lembro-me da pressa em chegar ao pé dele, lembro-me da emoção dele à flor dos olhos, do coração a bater, das mãos geladas, do sítio lindo que escolhemos e de como a cerimónia foi linda.

Hoje, conseguimos escapar à rotina e almoçámos juntos e sozinhos!!! Não o fazíamos há taaaanto tempo e soube tão bem.

Continuo em viagem e continuamos a fazer planos. Que nunca se acabem os planos.

quarta-feira, janeiro 16, 2013

Relações de confiança

Ontem o pai e o mais novo foram a uma loja, quando alguém lhe perguntou quantos anos tinha, decidiu deitar a língua de fora à pobre da pessoa. Mau feitiooo!!!
O pai chamou-o à atenção. Disse-lhe que aquilo não se fazia, que era coisa de menino mal-educado. Resultado: amuou.
Entrou no carro “a prender o burro” e adormeceu “como uma pedra” até chegar a casa e o deitarmos na cama.
Acordou quando tentávamos despir-lhe o casaco. Deixei que se orientasse, perguntei-lhe se tinha corrido tudo bem na loja. Fez cara de pateta e respondeu-me, com voz de pateta, que não.
Tentei durante algum tempo que me dissesse o que aconteceu. Não disse, não sei se por vergonha se por pura teimosia.
Expliquei, como costumo explicar, que se não me disserem o que lhes acontece não os posso ajudar. Que a mãe e o pai perdoam sempre, mesmo que o que fizeram não seja muito bonito.
Como continuou sem abrir a boca, decidi deixá-lo ficar a pensar um bocadinho no assunto, sozinho no quarto. Quando voltei, estava quieto, com as lágrimas nos olhos. Foi bruto por despeito. Voltei a falar-lhe e só depois de muitas tentativas me disse:  “Fiz uma caretazinha e a língua saiu cá para fora”, o que ele queria mesmo dizer era : “foi tudo involuntário, eu quase nem me apercebi que fiz aquilo!!!”
Lá expliquei que tinha feito uma coisa feia e pior do que isso, não tinha confiado na mãe para contar o que se tinha passado.
Pretendo estabelecer uma relação de confiança entre mim e os meus filhos, para que sintam que me possam contar o que se passa com eles, sem sentirem medo ou vergonha. Mas com este mais novo, por natureza mais fechado e envergonhado, tenho tido alguma dificuldade e nem sempre tenho a habilidade de lhe adivinhar os pensamentos.

Se houver por aí alguém a educar feitios destes, por favor não me deixem sentir sozinha, partilhem comigo.

quarta-feira, janeiro 09, 2013

Ao jantar:

Sabes, mamã, o M. lá da escola tem uma meia-irmã.

Eu: Ai sim? E então é da parte do pai ou da parte da mãe?

Francisco: Humm...Não sei.

Eu: Sabes o que é um meio-irmão?

Francisco: Sim, é quando o pai ou a mãe morrem ou são despedidos, assim como os tios fizeram um ao outro.

Eu e o pai não pudemos fazer outra coisa senão rir e depois explicar que os despedimentos são só no trabalho.

domingo, janeiro 06, 2013

Concurso para lavar os dentes

Pai: João, vamos lavar os dentes.
João (depois de alguma resistência): Está beeemmm. Eu lavo sozinho!
Pai (a tentar discretamente começar a ajudar): E se eu enchesse o copo?
João: Resposta errada. Vai para o Buraquedo!