quarta-feira, novembro 26, 2008

Os sapatos

e a mania de os descalçar que o Francisco tem serviram, hoje, para que brincássemos um bocadinho com ele.
Na fila para pagar, no supermercado, sua excelência decide começar a descalçar-se e mesmo depois de ter sido avisado de que os sapatos ficariam ali, continuou.
Claro que o papá e a mamã, discretamente, colocaram os sapatos num local seguro. Fomos para o carro, colocámos as compras e vamos embora.

- Os meus sapatos?
- Não sei, onde é que os deixaste?
- Ali, no Modelo.
- Ah! Então vão ficar lá, é que estava ali um menino que não tinha sapatos e como tu não querias os teus, que ainda por cima são novos, quentinhos e giros ... olha ficaste sem eles.

Resmunguice e ralhação completa todo o caminho até casa.

- Gostavas dos teus sapatos, Francisco?
- Sim (sentido).
- Então para a próxima tens de pensar melhor antes de tirares os sapatos, é que há mais quem queira e precise.

Bem, quando chegámos, os sapatos lá apareceram graças aos passes de magia do papá, mas esperamos que lhe tenha servido de lição. Sei que o discurso parece um bocadinho exagerado, mas às vezes é preciso recorrer a velhos estereótipos.

segunda-feira, novembro 24, 2008

A sombra

Na semana passada, a sombra da translucência da nuca (detectada na ecografia das 12 semanas do João) voltou. Apesar de ter nascido e ser um menino saudável, na minha memória estão bem presentes os momentos de ansiedade e angústia que passámos, há quase um ano, quando foi necessário fazer uma amniocentese para saber se teríamos um bebé saudável. Por isso, sigo com alguma ansiedade as etapas de desenvolvimento deste bebé lindo, sempre com receio de que, a determinada altura, surja um problema inesperado.
Graças a isso, a semana passada dei por mim a reparar que o João mexia mal um bracinho e uma mão, apesar de agarrar objectos com as duas mãos, parecia-me que a parte esquerda era menos ágil. A ansiedade intensificou-se quando o papá também reparou e a avó C. também. Não é preciso dizer como estava a cabeça da mamã. A avó N. disse que talvez fosse impressão minha, uma vez que o meu estado de alerta era sempre maior por causa da dita translucência.
Enfim, felizmente, na quinta-feira foi dia de vacinas e pedi à enfermeira que o observasse, de modo a perceber se era tontice minha ou se realmente havia algum problema.
Comentário da enfermeira depois de o observar e perguntar o porquê da minha ansiedade: "Arranje lá uma sombra mais gira para viver, sim mãe."
Lógico que fiquei muito mais descansada e que decidi fazer o que ela recomendou, embora não me vá esquecer disto tão rapidamente como provavelmente seria desejável. Não podemos condicionar a vida do rapaz, nem a nossa, por causa de um episódio que já passou.

A aventura das sopas

Já começámos na semana passada, um dia papa, um dia sopa. Devo dizer que, durante a primeira sopa (batata, cenoura e azeite), pensei que o João me ia dar bastante trabalho a comer. Chorou grandes lágrimas desde o início ao fim e foi preciso enfiar a sopa pela boca, literalmente.
A verdade é que esta sopa tem um sabor horrível, quando comparado com a papa que ele estava a comer, mas depois, no terceiro dia, incorporei a abóbora e foi muito melhor.
Hoje já experimentou courgete e também não fez cara feia.
A mamã e o papá já avisaram que esta não é casa de meninos esquisitos e que não há pratos diferentes para pessoas diferentes~, por isso esperamos que sejas um bom garfo.

sexta-feira, novembro 14, 2008

Memória prodigiosa

Às vezes, o Francisco consegue deixar-nos de boca aberta com as coisas de que se lembra.
Já nos surpreendeu ao lembrar-se do número da porta da casa de férias, um mês ou mais depois de lá termos estado.
Hoje, enquanto preparavamos o jantar, abri o armário/despensa e o Francisco começou a apontar e a dizer: "Aquilo é do Guilherme", achámos estranho e depois de eu lhe ter perguntado se o Guilherme tinha alguma coisa parecida com as que temos no armário, lá consegui descobri um papel de embrulho, que utilizamos para embrulhar a prende de aniversário do Guilherme, que foi no início do mês de Setembro!!!
Esta nossa Bomboca 1 tem um cérebro de fazer inveja.

Vacinas

Esta manhã foi uma correria: sair de casa com o João no carrinho, ir à Farmácia buscar o Rotatec e a Prevenar, voltar à garagem para ir buscar o carro, ir ao Centro de Saúde levar Vacina ... voltar, ir à Farmácia pagar as vacinas e comprar boiões para congelar leite, comprar o pão, ir pagar umas pantufas (compradas ontem) do Francisco. Ufa!!!
Quando cheguei a casa, quase pensei que era Verão, tal era a suadela.
Bem , mas afinal o João só levou a Rotatec, só apanhará a Prevenar para a semana, de modo a fazer um intervalo seguro de dois meses entre esta e a anterior.
Felizmente a vacina ficou no frigorífico do Centro de Saúde e assim já não preciso de andar a correr (é sempre assim quando é necessário ir buscar a vacina à Farmácia).

quarta-feira, novembro 12, 2008

Bom dia

Desde sempre que o Francisco adora música, tem um óptimo ouvido e uma capacidade incrível para decorar as letras das canções.
Agora, adora as "Boas Noites" do Canal Panda, a música é do André Sardet e é realmente bonita. Como tem uma pequena viola de brincar, assim que ouve alguma música que gosta, põe-se logo a tocar viola ao som da música.
Na escolinha, a música também é privilegiada, o que é uma sorte, tendo em conta os gostos da nossa primeira Bomboca, e sempre que cantam uma música nova na escola, o Francisco vem para casa cantar e ensinar-nos a cantar.
Nos últimos dias ensinou-nos o "Bom dia". Fica aqui a letra para que não nos esqueçamos dela:

Bom dia, Bom dia
Bom dia a toda a gente,
Eu hoje vim à escola e por isso estou contente.

Gosto de brincar, gosto de aprender.
Tantas coisas novas nos havemos de fazer!

Haverá muita alegria, haverá muita alegria
Com a tua, com a tua companhia.

A primeira papa do João

Chegado aos seis meses, lá vai o João iniciar a sua incursão pelo maravilhoso mundo dos alimentos sólidos. Como (felizmente) não é tão gordo como o mano, pode iniciar a experiência pelas papas.
Ontem, a mamã deu pela primeira vez a papa. Não correu muito bem, mas conhecendo o João (ao contrário do irmão, detesta tetinas e chucha, mama apenas o essencial) a mamã não ficou frustrada. Primeiro achou que aquilo era uma brincadeira que a mamã estava a fazer e ria muito, por isso saía tudo cá para fora. Depois a certa altura vomitou uma parte do que tinha comido e nem comeu tudo.
Já hoje, a coisa correu muito melhor. É verdade que tinha alguma fomeca (agora também começou a comer apenas cinco vezes, em vez das seis) e isso ajudou bastante no que toca a abrir a boca. Para facilitar a transição, ainda lhe fiz a papa um bocadinho líquida, assim ele pode "mamar" a partir da colher. Amanhã já será um bocadinho mais espessa.