Hoje escrevo esta mensagem, porque às vezes escrever é uma catarse e é, quase sempre, a escrever que consigo falar as minhas emoções.
Provavelmente daqui a alguns anos não me irei lembrar do motivo que originou esta mensagem. Se assim for é bom sinal, significa que, o que quer que fosse, está ultrapassado. Também por isso escrevo, para ultrapassar.
Tenho três filhos e todos eles são diferentes, assim como os dedos das mãos; e eu sou tantas mães quantos os filhos que tenho, quer isto dizer que não sou igual para os três, porque cada um é uma pessoa diferente, com necessidades diferentes, com formas de pensar diferentes e até com manias diferentes. Seria bastante aborrecido se assim não fosse. Além disso, nem eu nem eles somos máquinas programadas para agir sempre da mesma forma.
Mas só porque eles são diferentes isso não dá a quem quer que seja o direito de achar que eu posso escolher um em detrimento do outro.
Tal como eu preciso de todos os dedos da minha mão e não consigo escolher qual deles é mais necessário, também não consigo dizer que um dos meus filhos é melhor do que o outro, porque não são. Se o Francisco é bom a fazer x, o João é bom a fazer y e a Isabel será muito boa a fazer z.
Da mesma forma não consigo deixar de os defender quando os vejo a ser postos de parte ou a ser injustiçados e aí até consigo transformar o meu cabelo em juba e as minhas unhas em garras.
Magoa-me profundamente quando pessoas que nos são próximas o fazem.
Às vezes penso que é por ter esta maravilhosa experiência e bênção de ser mais do que uma mãe.
Não quero ser injusta, mas penso que, tendo apenas um filho, não teria capacidade para entender este desdobramento. Também não peço que as pessoas o façam, mas que tenham alguma empatia pelos outros seres que a vida lhes deu, porque a injustiça com que se trata outros não tem muito a ver com ter apenas um ou mais filhos.
Talvez devêssemos todos colocarmo-nos mais da pele dos outros, é um exercício interessante.
Francisco, João e Isabel, se algum dia lerem esta mensagem foquem-se apenas na parte positiva. A mãe ama-vos a todos muuuuiiiitoo e espera que se tornem pessoas empáticas e justas.
Eu, Francisco, nasci no dia 14/02/2006, às 14h02 com 3350Kg de peso e 48cm de comprimento. Sou um aquário (como o meu papá)! Eu, João, nasci no dia 10/05/2008, às 17h10, com 3005Kg e 46cm. Sou um Touro (como será que é ser Touro?!). Falto eu, a Isabel, nasci no dia 07/09/2013 às 11h10 com 3050Kg e 49 cm. Sou uma Virgem (como a mamã)!
segunda-feira, julho 28, 2014
terça-feira, julho 08, 2014
À chegada
Chegaste do teu primeiro grande acampamento de escuteiros (4 dias) sujinho como nunca te vi, cheiravas a ciganinho, o fumo de fogueira misturava-se com o cheiro a chulé e transpiração. Mas vinhas cheiinho de novidades para contar e de saudades para matar.
Deste-me um abraço enorme e disseste "Mãe, eu só lavava os dentes à noite!!!".
Hoje é a mãe que me dá banho, afinal tem de ser dia de esfregão.
Só 4 dias fora de casa e achámos-te maior, até o dente que andava há 4 meses para nascer se começou a ver.
Contaste as tuas aventuras e as tuas emoções, porque, apesar da rebeldia, és um coração mole.
Já cheiroso, com a barriguinha bem aconchegada de comida de casa, demos abraços e fomos todos para a tua cama ouvir as aventuras que tinhas para contar.
Provavelmente é a isto que se chama abrir asas.
Deste-me um abraço enorme e disseste "Mãe, eu só lavava os dentes à noite!!!".
Hoje é a mãe que me dá banho, afinal tem de ser dia de esfregão.
Só 4 dias fora de casa e achámos-te maior, até o dente que andava há 4 meses para nascer se começou a ver.
Contaste as tuas aventuras e as tuas emoções, porque, apesar da rebeldia, és um coração mole.
Já cheiroso, com a barriguinha bem aconchegada de comida de casa, demos abraços e fomos todos para a tua cama ouvir as aventuras que tinhas para contar.
Provavelmente é a isto que se chama abrir asas.
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