O início da ausência

Durante esta semana tens ficado em casa da avó C.. A mamã precisa de se habituar à ideia de que tens de ficar um dia inteirinho sem estar com ela; a avó C. precisa de se habituar às tuas rotinas e tu precisas de te habituar a outra pessoa, que não eu, tens de comer sopinha pela mão da avó (sem fazer fita) e tens de te habituar à casa dos avós.
A mamã precisa de trabalhar e em breve tem de começar, por isso, o melhor é fazer uma transição suave.
Tenho muita pena que estejamos tão longe dos outros avós, adorava que eles também pudessem ficar contigo de vez em quando. Para mim, o ideal seria que os avós partilhassem os cuidados contigo. Espero que mesmo estando menos habituado aos avós maternos, venhas a gostar dos quatro da mesma maneira.
Para mim, esta fase de habituação está a ser lenta, mais do que para ti, creio bem. Detesto estar em casa sem ti, sinto falta dos teus gritinhos, das brincadeiras que temos, do teu sorriso desdentado de cada vez que nos vê aparecer e da Tv sempre sintonizada no canal dos desenhos animados. Desde segunda-feira que passo mais tempo na rua do que em casa e sempre que posso (sem exagerar) vou ver-te.
O papá goza imenso comigo, mas eu não me importo, sei que ele também acha estranho não estares em casa quando ele vem almoçar e também tem muitas saudades tuas.

Palminhas e pezinhos

(novas proezas)

A nossa Bomboquinha já descobriu como é que se batem palminhas. A mamã descobriu por acaso. Mas o Francisco é tão malandro que só bate palminhas quando lhe apetece, quando lhe pedimos para bater não nos dá a mínima importância.
Para além das palminhas, a nossa Bomboca já consegue levar os pés à boca. Já conseguia agarrar as pernas e os pés, mas ainda não tinha percebido que também conseguia pôr o dedo grande na boca. Bastou que, num destes dias, a mamã lhe desse uma ajudinha para agora repetir a proeza de cada vez que lhe mudamos a fralda ou quando está nu. O pé preferido é o pé direito, será que isto é um sinal de que ele será dextro?

Manhãs difíceis

As últimas manhãs da semana que terminou não foram nada fáceis para os papás da Bomboca. Na sexta-feira, então ... depois de ter acordado às 6h da manhã a chorar com toda a força que tinha, sem que o conseguissemos acalmar com a chucha (como de costume, quando acorda mais cedo a chorar), passou um dia inteirinho com apenas duas sestas de meia hora.
Claro que o humor da nossa Bomboca não estava como seria de desejar, por isso passou o dia inteiro a gritar, não sei se por ter sono, ou se por estar com alguma dor de barriga. Enfim, a mamã não conseguiu fazer quase nada do que se tinha proposto fazer e os vizinhos devem ter pensado que alguém lhe estava a fazer mal (é que se ouvia na rua!).
Felizmente a avó C. apareceu e levou a Bomboca a passear. O papá, que os encontrou pelo caminho, contou que a Bomboca estava a morrer de sono, mas não dormiu.
O resultado deste dia de resmunguice foi uma ida para a cama às 20h30, sem resistências.
No dia seguinte (sábado), a alvorada foi de novo conturbada, mas como o dia foi de passeio - de manhã praça e à tarde voltinhas aqui pela vila e supermercado - o Francisco foi derrotado pelo cansaço de sair de casa e encontrar pessoas que se metiam com ele. Assim, as sestas foram reestabelecidas a o bom humor do costume também. Foi caso para dizer: AAAAAleluuuuia!!!!